sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Boca ...tua boca...

 

A Tua Boca A tua boca. A tua boca.
Oh, também a tua boca.
Um túnel para a minha noite.
Um poço para a minha sede.

Os fios dormentes de água
que a tua língua solta num grito cor-de-rosa
e a minha língua sorve e canta

e os meus dentes mordem derramando a seiva
da tua primavera sem palavras
o poema inquieto e livre que a tua boca oferece
à minha boca.

As loucas bebedeiras de ternura
por essa viagem até ao sangue.
Os beijos como fogueiras.
As línguas como rosas.


Oh, a tua boca para a minha boca.

                                                                                                   Joaquim Pessoa

Minha noite foi de duvidas a cada vez q acordava...foi real? foi sonho? foi apenas meu desejo? Como eu desejo beijar tua boca.... tanto e tanto e tanto.... em cada palavra que falo agora pela manhã... em cada gole de café, ou em cada vez q expiro o ar dos pulmões... a minha boca deseja, recorda, revive a tua.
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domingo, 16 de dezembro de 2012

Reveillon


Ela já tinha o poder de parar o tempo...de fazê-lo voltar e agora descubro que os meus desejos por ela são capazes de delimitar o início e fim dos calendários.

O ano novo, todo um novo ciclo de vida e sonhos, visões e vontades...terão início não no típico dia 31/12, agora já sem importância alguma.

O ano novo, de felicidades sucessos e alegrias terá seu início exato no momento que a primeira gota de champagne tocar sua pele...e escorrer por ela, e vibrarei com o brilho de cada gota como se fossem as luzes dos fogos mais intensos.

Serão horas intermináveis até q toda a tua pele esteja coberta com champagne.... e toda ela tocada por  minha lingua... e meus lábios.

Não terei pressa nem receios, começarei por teus pés e cada poro do seu corpo saberá na manhã seguinte a textura de minha boca. Ah, é claro...antes cobrirei vc de chocolate branco... q será igualmente devorado por minha fome de vida e sentidos.

Somente depois dessa noite um novo ano, uma nova época terá início...2013? 1456? ou 1890? não sei e nem preciso saber, apenas quero descobrir como desejos e cumplicidades são realmente a razão das mudanças de tempos e nossas vidas e você a responsável por novamente me provar isso.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Reticências...



Adoro reticências... Aqueles 3 pontos intermitentes que insistem em dizer que nada está fechado, que nada acabou, que algo sempre está por vir! A vida se faz assim! Nada pronto, nada definido.
Tudo sempre em construção. Tudo ainda por se dizer...
Nascendo...
Brotando...
Sublimando...
Vivo assim...
Numa eterna reticência...
Para que colocar ponto final?
O que seria de nós sem a expectativa de continuação?


Vou saber esperar o meu dia, o meu mês... o meu ano ou a minha vida...e então serei metade novamente, serei amor de novo, serei vida novamente... até lá, me resta o silêncio, ou os 3 pontos... que não querem dizer nada, mas podem dizer tudo.
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