segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tua ausência ainda em mim

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Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.


Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.

Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.

Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.

Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes


Bombom,

Ah minha doce e amada... será que você existe ainda apenas dentro de mim? saber que você ainda lê estas postagens, meu deu esperanças, novos ares...novos desejos de viver e ser feliz; apenas um olhar teu em algum poema já me faz fechar os olhos e imagiar teu sorriso...aquele mesmo de quando eu beijava teu rosto... a procura de tua boca quente e saborosa. Ainda desejo a minha Bombom, mesmo que seja apenas aqui, mesmo q seja apenas em minhas lembranças e meus desejos. TE quero e Te amo.

< < S A U d A d E s > >

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