quinta-feira, 2 de outubro de 2008

teu silêncio



Agora regresso à tua claridade.
Reconheço o teu corpo, arquitectura
de terra ardente e lua inviolada,
flutuando sem limite na espessura
da noite cheirando a madrugada.
Acordaste na aurora, a boca rumorosa
dum desejo confuso de açucenas;
rosa aberta na brisa ou nas areias,
alta e branca, branca apenas,
e mar ao fundo, o mar das minhas veias.
Estás de pé na orla dos meus versos
ainda quente dos beijos que te dei;
tão jovem, e mais que jovem, sem mágoa
- como no tempo em que tinha medo
que tropeçasses numa gota de água.


Eugénio de Andrade

Bombom,
Teu silêcio neste nosto diário me deixa triste. Gosto quando ao menos me deixa um <<>> e me diz q sou teu e tens saudade. Eu sei que dentro de mim, o sentimento, mesmo sendo apenas metade, é mais forte que tudo...até mesmo que o teu silêncio.
<< Chocolate>>

Um comentário: