quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Aqui te amo


Aqui te amo.
Nos sombrios pinheiros desenreda-se o vento.
Brilha a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a se perseguir.
Dissipasse a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata desprende-se do ocaso.
Às vezes uma vela. Altas, altas estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Sozinho.
Às vezes amanheço, e até a alma está úmida.
Soa, ressoa o mar ao longe.
Este é um porto.
Aqui te amo.
Aqui te amo e em vão te oculta o horizonte.
Estou te amando mesmo entre estas frias coisas.
Às vezes vão meus beijos nesses navios graves,
Que correm pelo mar até onde nunca chegam.
Já me vejo esquecido como estas velhas âncoras.
São mais tristes os cais quando atraca a tarde.
Cansa-se minha vida inutilmente faminta.
Amo o que não tenho. Tu estás tão distante.
Meu tédio luta com os lentos crepúsculos.
Porém a noite chega e começa a cantar-me.
A lua faz girar a sua roda de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas mais grandes.
E como eu te amo, os pinheiros no vento,
Querem cantar o teu nome com as folhas de arame.


Pablo Neruda

Bombom amor,
A vida já não é completa em esperança porque você não acredita mais em nós, em nossa alma, deixou de crer que o tempo não seria uma pedra no caminho. A distância se tornou uma montanha separando o som de nossa voz.
Eu esperarei, por 1 ano, uma década ou uma vida, uma existência ou mesmo uma alma inteira... pois agora e como sempre minha alma vaga, esperando a tua.
Registrarei nas semanas, meses e anos que passarem, cada sentimento de saudade meu, cada vontade de seu beijo, cada lembrança doce de nossos encontros furtivos, sob o sol ou sob a chuva.
E talvez daqui há uma década, por um acaso você entre nesse cantinho nosso, verá centenas, milhares de palavras minhas a espera apenas de um " <<>> " teu. E talvez assim saberá que não deixei de pensar em você um dia sequer. Não preciso de reciprocidade para te amar, minha alma ama a tua, e isso é tudo que me basta.

<< És o meu amor>>

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