Corpos

Por que nossos corpos se atraem?

A começar pelo olhar

Medimos um ao outro dos pés à cabeça.

As transformações começam. Sinta os olhos, fixam-se em um único ponto.

Estão paralisados pelo desejo de possuir e ser possuído.

A respiração fica ofegante, e o centro do peito estremece.

Como um vulcão prestes a entrar em erupção.

Os lábios, mordiscados pelos próprios dentes,

Mostram essa euforia sem controle.

As mãos buscam o corpo próximo, mas ainda está estático.

Os pensamentos percorrem o universo em segundos,

O desejo se transforma em suores.

Passos de ambos busca a mesma direção.

Tudo é muito lento, mas estrategicamente planejado.

Chega o momento e, os corpos se atraem como ímãs.

Nada mais no que pensar, senão, começar a desvendar.

Os mistérios da plenitude.

Os corpos agora se tocam, nenhuma palavra é dita,

Apenas toques de reconhecimento.

O suor começa a brotar de ambos exalando um perfume só.

Com cheiro de uma fragrância indeterminada.

Começa então, a alucinada viagem dos prazeres.

Sussurros, gemidos, ofegantes, delírios, sugares!

Não há limites para a imaginação, não há espaço para o não permitido.

Prazeres e dores se confundem. Unhas riscam as peles suadas e,

os traços vermelhos deixados como patentes sem registros,

pois esses traços não serão expostos,apenas sentidos por dois.

É chegado o momento da calmaria, onde os corpos agora,

estão completamente colados.

Momentos assim, tem começo, meio e recomeço.

O fim jamais ou nunca deve existir.

No momento de plenitude, não pode haver terceiros,

problemas, pensamentos,sons, luzes e pressa.

Se entregue de corpo e alma, não importando se o tempo foi curto ou longo.

Leve em consideração apenas o momento vivido naquele instante,

pois isso é meio e jamais terá fim.

Haverá sim, um recomeço, sem rotinas, onde alguma situação.

diferente sempre acontecerá.

Isso é magia sem ilusionismo, é alma sem renascimento.